Marina Silva foi a terceira colocada nas
eleições presidenciais do ano passado. Saiu das urnas vitoriosa, fortalecida no
cenário político nacional. Menos de um ano depois da votação e de dois anos de
sua ida para o PV, a candidata dos 19,5 milhões de votos sairá do partido.
Reportagem de ÉPOCA explica
por que Marina deixará a legenda que a acolheu oferecendo-lhe a possibilidade
de perseguir o sonho de disputar a Presidência da República.
Marina
deixa o PV, mas não o sonho de ser presidente. Deve fundar um partido para
disputar as eleições de 2014. Outras lideranças do PV vão acompanhá-la nessa
empreitada. Será que os quase 20 milhões de eleitores também? E quantos mais
ela conseguirá convencer a aderir a seu projeto?
A união entre Marina e o PV começou com
promessas e terminou em desilusões. Desilusões produzidas, sobretudo, ao sabor
das inevitáveis divergências de uma campanha eleitoral. Marina e o PV,
especialmente por meio de seu presidente, José Luiz Penna, discordaram em quase
tudo nas eleições. Aos poucos, sua campanha separou-se da estrutura do partido.
Os problemas começaram na arrecadação de dinheiro. O vice da chapa, o
empresário e fundador da Natura, Guilherme Leal, centralizou os trabalhos de
coleta de recursos. Os tradicionais arrecadadores do PV se incomodaram com a
resistência de Leal aos métodos tradicionais – e heterodoxos – de financiamento
de campanhas no Brasil, do qual o partido nunca foi exceção. Um dos dirigentes
do PV conta como anedota o dia em que Marina mandou devolver uma mala de
dinheiro “não contabilizado”, em linguajar delubiano, ao empresário paulista
que o havia enviado.
Um comentário:
O PV aqui no Brasil é um partido que há muito tempo esqueceu sua bandeira de luta, não acredito que esses quase 20 milhões de votos que Marina obteve pertençam ao PV ou a Marina, foram votos de eleitores descontentes com o PT e com o PSDB e outros tantos de evangélicos e católicos conservadores que viam em Dilma o Apocalipse.
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