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quinta-feira, 2 de junho de 2011

[espaço do leitor] Matizes do CEARÁ: língua viva, dizeres do cotidiano cearense

“Chico, cabra errado e bonequeiro, já melado depois de traçar um burrinho e duas meiotas, vinha penso, cambaleando, arrodiando o pé de pau, quando deu um trupicão que arrancou o chamboque de dedo.

-- Diabeisso!
-- vai, cú de cana! – mangou a mundiça que estava perto.
-- Aí dento! – disse Chico

Chico estava ariado desde ontonti, quando o gato-réi que ele acunhava lá na baxa da égua, bateu fofo com ele pra ir engabelar um galalau estribado da Aldeota.

-- é o que dá pelejar com canelau, catiroba, fulerage – pensava ele – ganhei um chapéu de touro, mas não tem Zé não, aquela marmota tá mesmo só o buraco e a catinga. Dá é gastura.

Chegando em casa se empriquitou de vez e rebolou no mato todas as catrevage da letreca: uma alpercata, um gigolete amarelo queimado e uns pé de planta que ela tinha trazido enquanto iam se amancebar.

Depois se empanzinou de sarrabui e panelada e foi dormir pensando nas comedias”.

* se não conseguir entender, peça a um cearense pra traduzir!!!!


Por Bruno Coriolano.

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