Analisando
minuciosamente a história da Paróquia de Apodi, constatei que alguns sacerdotes
que aportaram em Apodi, foram pródigos em manterem relacionamentos amorosos com
escravas e moças de tradicionais famílias deste rincão. Conforme
documentos oficiais como testamentos e inventários, verificamos proles de 04
padres que foram Curas na Igreja-Matriz de Apodi: PADRE MANOEL CORRÊIA
CALHEIROS PESSOA, que foi Vigário no período 1785/13.07.1802, dia em que
faleceu. Este Padre era natural de Igarassu-PE, onde nasceu no ano de 1729. Quando
aqui chegou trazia consigo um filho, o qual repetia o nome paterno. Este filho
do padre casou em Apodi com Ana Catharina de Morais, e são tronco inicial da
conhecidíssima família CALHEIROS, mais conhecida como sendo a família dos "CAIEIRA".
O
segundo Vigário que deixou filhos foi o Padre FAUSTINO GOMES DE OLIVEIRA, que
curou a Paróquia de Apodi no período 1813-1856, e o terceiro foi o Padre ANTÔNIO
DIAS DA CUNHA, que foi Vigário Colado da Paróquia no período 1866-1900, sendo
certo que este sacerdote manteve relacionamento amoroso com uma bela escrava
que tinha o apelido de "Bulandinha", de quem nasceu PETRONILA PASTORA
DO PATROCÍNIO, que veio a casar com o Sr. HERMINO TOLENTINO ALVES DE
OLIVEIRA, que por sua vez são os avós paternos de Sêo Altino Dias e avós
maternos do velho Lalá. O quarto Padre que deixou descendência em Apodi foi o
Padre ANTONIO MANOEL DE SOUZA, que curou a Paróquia de
Apodi no período 1802-1809. Estes virtuosos sacerdotes serão objeto
do próximo artigo.
Quanto
ao nosso biografado PADRE JOAQUIM MANOEL DE OLIVEIRA COSTA (Padre Barra),
nasceu por volta do ano de 1825 e faleceu no ano de 1888. Dirigiu a
Paróquia de Pau dos Ferros-RN no período 1859-1860, tendo administrado a
Paróquia de Apodi durante alguns meses do ano de 1864 e do ano de
1868. Ainda hoje é objeto de interessantes comentários, nos alpendres dos
sítios e fazendas do município de Apodi. Manteve longo relacionamento
amoroso com uma bela escrava do Capitão Vicente Ferreira Pinto, de nome IGNÁCIA
ISABEL DO E. SANTO, que nasceu no ano de 1835. Namorava
ostensivamente, sem decoro e sem segredo. Deste conúbio amoroso nasceram:
F.01- EVARISTO MANOEL DE OLIVEIRA, conhecido popularmente como EVARISTO BARRA,
que residia no sítio "Ipueira Cavada”, e que casou com
sua parente AVELINA GOMES PINTO, e foram pais de Catharina, que
faleceu solteirona. Depois nasceram THEODORICO MANOEL DE OLIVEIRA (Theodorico
Barra), ISABEL, JOAQUIM, LUÍZA SANCHA DE OLIVEIRA, que faleceu solteira em
11.09.1909, aos 27 anos de idade, e MARIA ÚRSULA DE SALOMÉ, que veio a casar
com o viúvo Tenente-Coronel da Guarda Nacional LUÍS SOARES
DA SILVEIRA, avô paterno de Dona Gizinha Pinto (Esposa do Cel. Lucas
Pinto) de quem teve os filhos ROSA, MARIINHA e FRANCISCO (Pai de Janúncio
Soares da Silveira, que foi Vereador em Mossoró). LUÍS SOARES faleceu no
sítio "Melancias" às 14:hs. do dia 03
de Fevereiro de 1917, de problemas cardíacos, aos 76 anos de idade.
O
Padre "BARRA" era tio paterno de SENHOR BARRA, conhecido líder político
em Itaú-RN, onde foi eleito Vice-Prefeito e líder político durante muitos anos.
A concupiscência do Pe. Barra ainda hoje rende comentários quanto à complacência
e deferência que lhe rendiam os seus superiores eclesiásticos, particularidade que
pode ter origem no fato de que era um dos componentes da tradicional família
PINTO. Após a morte do Padre "Barra" em 1888, a sua amásia ainda
teve duas filhas de nomes JOANA, que faleceu solteira, e FRANCISCA IGNÁCIA, que
veio a casar com o Sr. JOÃO SIMÃO, morador no sítio "Soledade". (FONTES:
Inventário do Padre "Barra" - 1888, e PORTAL OESTENEWS).
Marcos
Pinto – Historiador e Presidente da Academia Apodiense de Letras.
Um comentário:
Que a Rede Globo é flamenguista isso todo mundo sabe. Mas convenhamos, um time que tem mais de 35 milhões de torcedores, qual veículo de massa não vai ficar do lado, né.? Mas a verdade é que a Globo exagera nas suas chamadas, principalmente aqui no Nordeste. Quando vai anunciar um jogo só mostra imagens do Fla, como se o outro clube não existisse.
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