Deu no blog do Carlos Santos, “é preciso que
tudo mude para tudo ficar na mesma.” Giuseppe Tomase di Lampedusa.
A
mundança neste estado é apenas de rótulo, pois o conteúdo continua o mesmo,
para os “Barnabés” a Lei de Responsalidade Fiscal, para os apaniguados
encontra-se sempre um “jeitinho” de mamar nas tetas do Estado.
É
característico de nossa Elite.
Leiam
o que nos diz o mestre José Honório Rodrigues sobre nossa Elite:
(…)
“O personalismo da sua ação política foi predominante. Raras vezes o corrigiu
pela ênfase aos problemas e não às pessoas. As considerações afetivas complicam
a direção dos negócios públicos, e daí o filhotismo, o nepotismo, o genrismo e
outras formas comuns de favorecimento ligados aos personalismos, à relação
patrão-cliente do estado, a que aderem todos os políticos desde os mais
oligárquicos aos mais trabalhistas (…).”
E
continua: “O domínio oligárquico de pequenas minorias e seus protegidos, o
nepotismo, o filhotismo, o genrismo, o compadrio tornavam impossíveis as
transformações sociais, as reformas estruturais. Some-se a isso a
personalização, a ausência, a omissão ou o desinteresse dos políticos pela
solução dos problemas, sua impermeabilidade às idéias, a mecanização da
imitação européia e depois americana, a falsidade e infidedignidade da
representação (…).”
Ainda
José Honório: “A política brasileira, encarnada em lideranças retardatárias, é,
assim, dominada pela continuidade da vagareza, pelos momentos de recuo e não
pelo instantes de impulso (…) A obstinada resistência às reformas, consideradas
sempre inoportunas e sempre adiadas, revelava que o país era sempre dirigido
por uma minoria não criadora, mas dominadora, na terminologia de Toynbee, que
perdia todas as oportunidades de agir em benefício de toda a sociedade.”
Fonte:
Conciliação e Reforma no Brasil Págs 115,119 e 189.
JB Souto – Webleitor.
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