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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

[espaço do leitor] Feliz natal à cidade que fez uma oferta ao medo

Cada época tem sua doença de estimação. Mas quando se trata de uma cidade que encalha no tempo, o vocábulo “doença” assume a forma no plural, “doenças”, mas doenças políticas. Com o passar do tempo, muitas aldeias se tornaram cidades e muitas delas, erroneamente, receberam um conceito de metrópole do futuro. Ninguém precisa viver a anos luz para perceber que essa morada nunca assimilou o verdadeiro sentido de ORDEM e PROGRESSO que se encontra estampado nos símbolos nacionais.

Aqui a vida pingava cotidiana, mansamente, mas de uns tempos para cá, o cenário parece que mudou bastante. Se a cidade não evoluía, agora que podemos dizer que existe um atraso de fato. Não existe trabalho público que dignifique o voto do cidadão. Não procuro culpa, mas soluções. Se alguém tem culpa, um dos culpados sou eu mesmo, por não fazer meu papel direito enquanto cidadão.

Estamos falando de um gigante, um verdadeiro Gulliver, que adormeceu nos braços do acaso. Será que não existirá uma mudança de fato? Não falo de mudança de governo, mas de atitude. O que é publico nunca será tratado com seriedade? Desde quando apenas inaugurar praças publica é algo de se orgulhar? Não seria essa a função mínima que se espera de representantes eleitos por votos diretos? Fazer oposição não é servir de ancora puxando e não deixando a cidade crescer. Ser oposição não significar não trabalhar ou ser sempre do contra.

Oposição inteligente para cobrar quando falta e aplaudir quando faz, isso sim é o que se precisa. Ou nos unimos em benefícios de todos, do publico e não do privado ou acabaremos no mesmo local onde tudo começou: no ponto zero.

Apodi é realmente uma terra onde o sol tem mais brilho e calor, de heróis e valentes, mas será que a filha do vasto sertão não será levantada pelo progresso algum dia?

Apodi fez uma oferta ao medo. O medo de ousar, de superar desafios e levantar-se “como um ego acordando”. Já mostramos ser uma terra de gente forte e capacitada. Todos vocês, usem o poder que vos foi dado. Façam suas doações à cidade: vocês que representam o povo tragam resultados de verdade, não acredito que queremos pop-stars que posam para fotos com comentários distorcidos de falsos heróis, mas queremos uma cidade melhor para seus filhos. E você que tem o poder de escolher, faça uso dele. Hoje, falamos de eleições para níveis municipais de 2012 nos blogs da cidade, Ora, nem bem acabou o ano, já se fala no futuro daqui a dois anos!

Desejo a todos um ótimo natal e que Deus abençoe Apodi com um ano de 2011 de Ordem e Progresso. O tempo dirá se seremos capazes de adaptarmos as dobras temporais de voltas e voltas em torno do próprio eixo. Desejo também que todos possam celebrar a vida que nada mais é do que a arte da mudança, a arte da velocidade. Surgi-me uma inquietação: Qual a diferença entre um cadáver e um ser vivo? No cadáver a velocidade cessou, ele não mais realiza as mudanças seqüenciais que são necessárias à manutenção da vida. Estamos constantemente mudando. Todo o nosso organismo está mudando. Neste exato momento, células estão sendo eliminadas e novas células estão sendo geradas, trocas gasosas e bioquímicas estão mudando a composição e o equilíbrio de órgãos, tecidos e sistemas dos nossos corpos, está tudo em altíssima velocidade de mudança. Na verdade, o universo todo está mudando. Se for assim, por que nossa cidade não entra no ritmo e muda também? Ou será a mesma, um cadáver?

Desejo a você jovem apodiense inteligente, que hoje respira maturidade e confiança, muita paz e sucesso nesse novo ano que surge. E tenham sempre em mente que as lembranças estão no passado, as oportunidades estão no presente e as esperanças estão no futuro. Lembre-se sempre que você está escrevendo hoje o passado do amanha. A cada dia, a vida te oferece uma página em branco para que de próprio punho você possa escrever a sua própria história e de seu povo. E o que você escreveu hoje? Bem, no futuro estaremos todos o lhando para essa página, para esse episódio pelo retrovisor do tempo e pensaremos todos juntos: façamos primeiro, aperfeiçoemos durante e comemoremos, todos juntos, sem exclusão ou merecimento de poucos, depois! Feliz natal e ótimo 2011.

Att,
Bruno Coriolano Costa

5 comentários:

Anônimo disse...

verdade! Falta consciência.

Anônimo disse...

Excelente texto do meu ex-aluno Bruno Coriolano.

Ex-professor dele.

Anônimo disse...

O pensamento está certo, mas os políticos estão errados. Parabéns.

Anônimo disse...

Esse bruno é show de bola

Anônimo disse...

Nossa, fiquei muito emocionada com esse texto, adorei muito mesmo.parebens. que respira maturidade e confiança é vc, bruno, paarebsn