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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

[leia] Chuva não chega e a estiagem castiga o sertão potiguar

Muitos agricultores não conseguiram colher nada e tem complicado a vida de muita gente.

Este ano, a chuva não chegou com regularidade ao sertão nordestino.Os longos períodos de estiagem tem complicado a vida de muita gente.Muitos agricultores não conseguiram colher nada

A reportagem é de Francisco Júnior e imagens de Zenóbio Oliveira. No portal In360.O céu que nos protege não manda uma gota d'água hà meses. Já o sol implacável não arredou o pé um dia sequer durante o ano todo.

- Agricultura só trouxe prejuízo para quem investiu no campo pensando que as chuvas iam continuar e o que acontece não deu, não teve determinação de Deus, do clima e do tempo.Então ficou numa situação difícil -diz o aposentado Antônio Freire.

Na região oeste do Rio Grande do Norte, já são mais de 120 dias de secura intensa, rachando a terra .Secando os rios, queimando o mato.

O capim arde diante das altas temperaturas, provocando incêndios devastadores .Do mês passado até agora, foram registrados, em Mossoró, mais de 69 focos de fogo na mata. Mas é no campo que o sol castigou com mais intensidade encontrar água não é fácil .A fonte mais próxima fica hà pelo menos um quilômento de casa.

- Aqui não vem nada para nós.Aí muita gente vai embora, deixa o terreno é porque, aí fulano é preguiçoso. Não é , é porquer não tem como sobreviver aqui não.Aí fica difícil – conta o agricultor Antônio Neto Martins.

- Além da dificuldade dos trabalhadores, para viver, morara na sua comunidade ou assentamento.A dificuldade dos seus animais, estão desfazendo porque não tem o meio de sobrevivência mais.E não tem como manter mais os seus animais , nem como se manter da falta de alimentação deles mesmo.Imagine você ter que se desfazer de seus animais- avalia Francisco Gomes, presidente sindicato da lavoura de Mossoró.

Em Apodi, os animais não resistem e caem de fome e sede. Falta alimento para os poucos que ainda sobrevivem.Ninguém esperava que 2010 fosse tão cruel assim.

- A gente já tem registro de animais no nosso município, já morrendo em consequencia da fome.E com tendência de aumentar ainda essa mortandade - Fábio Dantas, coordenador de agricultura de Apodi/RN, falando que já registrou morte de animais.

- É porque a gente cria por estimação, com todo carinho e a gente tem uma afinidade por ele.Albenir Gurgel, agricultor. A ajuda está vindo de um velho conhecido dos tempos da seca. O carro pipa tem sido a salvação de muita gente afinal, sem água é impossível viver.

- Quando chega a água é essa agonia que vocês estão vendo .Todo mundo desse jeito, com os baldes para ver se pegar uma água.Porque se não tiver aqui fica sem água - afirma o agricultor Raimundo da Silva Filho.

Boa parte dos municípios potiguares passam por situação de emergência e a ajuda que chega ainda é pouca. A cidade de Caraúbas, vive da agricultura e a agricultura vive da água.Este ano, ninguém conseguiu colher nada.

- A gente plantou, mas vou mostra ali onde a gente plantou, as plantas nem sobreviveu.Eestamos aqui nessa situação difícil. Aqui só Deus – conta seu Miguel, agricultor. André caminha sob o Rio Umari, que é temportário e está mais seco do que nunca nem cavando consegue achar uma lámina d'água.

- Aqui era fácil, aqui de primeiro eu planatava feijão aqui, plantava batata.Era só cavar um pouquinho e achava água aqui, mas hoje a água está muito funda.Está com uns três a quatro metros André Gomes, agricultor.

- O rio é a nossa grande riqueza aqui.No período de inverno nós produzimos aqui para a subsistência das famílias, que alimenta as famílias. Esse ano devido a grande estiagem que houve o nosso rio não teve água.Nós dependemos apenas das águas de nossos cacimbões, que a partir de agosto, setembro secaram compormetendo toda a nossa atividade- analisa José Maria Júnior, diretor da federação dos trabalhadores rurais de Baraúnas.

O clima no sertão é realmente imprevisível.Ninguem imaginou que tivesse de passar o ano todo tendo que fazer um esforço danado para conseguir água boa para beber. Por enquanto sabemos apenas, que os dois próximos meses devem continuar castigando os nordestinos. Portanto o jeito é ainda esperar que a chuva chegue logo por aqui, trazendo vida nova para a terra e esperança para o coração do povo sertanejo.

- Nós estamos agora em uma fase de preparação, que nós chamamos de pré-estação.Os três meses chuvosos que antecedem o período chuvoso da região. Então esse momento agora o que se apresenta é a formação de uma La Niña.Nós já temos temperaturas no Pacífico , em torno de 1,5 ° C abaixo do normal. E quando nós temos La Niña como aconteceu em 2008 e 2009, normalmente nós temos um bom período chuvoso aqui no nordeste – explica o metereologista, Espínola Silva.

Com a autoridade de quem já viveu 98 anos, seu Severino faz previsões para o próximo período chuvoso.É considerado por aqui um profeta do sertão.A experiência vem da observação atenta da própria natureza .

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